Seria inconcebível o sucesso extraordinário de histórias como O senhor
dos anéis e Harry Potter sem que, antes delas, existisse a seminal e
insuperável obra de T.H. White O único e eterno rei. Esta versão
definitiva da lenda arturiana, lida e amada por todas as gerações e
fonte generosa de inúmeras outras obras no cinema, no teatro e na
literatura, é uma influência cultural decisiva do nosso tempo. Ajudou a
vestir o mito com o impacto dos modernos recursos da narrativa e a
resgatar a grandeza da leitura, insuflando nas brechas da precariedade
da vida provisória e descartável da sociedade industrial o sopro
ancestral da História temperada pela magia.
Este quarto volume, continuação de O cavaleiro imperfeito, traz a
vingança de Morgause e seus filhos - Mordred, especialmente - contra
Arthur, Lancelot e Guenevere. O rei estabelece um sistema de justiça
através da Inglaterra e Mordred o usa contra o próprio Arthur ao
descobrir a traição de Guenevere ao flagrá-la com Lancelot. Nessa guerra
desesperada de pai contra filho são apresentadas as idéias de Bem e Mal
segundo a moral arturiana.
Um livro delicioso, cheio de humor e magia, que nos leva por situações
de tirar o fôlego. E que, felizmente, não terminou. Ao fechar A chama ao
vento, já sabemos que nosso prazer e a história continuarão para nossa
felicidade como leitores, a magnífica saga do Rei Arthur prosseguirá em O
livro de Merlin, quinto volume da saga O único e eterno rei.
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